Eu gosto, mais do que isso, adoro o calendário de mesa da Caixa. Quando não o recebo no começo do ano, vou atrás. Eu o acho o mais inteligente, prático e útil jamais produzido e que continua insuperado. Recebo vários outros a cada ano, que agradeço e passo para a frente, mesmo os mais luxuosos, em material sofisticado, cheios de invencionices, que os deixam confusos a qualquer consulta.
De leitura rápida e clara, o da Caixa não cansa ter em cima da mesa, ajuda! Festas, feriados, dia de trabalho, tudo aparece sem quebrar a vista em formas sofisticadas e cores que não contrastam e servem apenas para complicar a leitura.
Aliás, os criadores de propagandas no Brasil, de peças e projetos gráficos parecem ser como as folhinhas que inventam e vendem a seus clientes “distraídos”. Cego com cego se entende sem saber o que tem em volta.
Da mesma forma, sempre fui crítico com fazedores de peças de propaganda em campanha eleitoral. Irritava-me com as amostras que desperdiçam a oportunidade de alcançar um número maior de eleitores e com mais facilidade. Dessas peças pode vir uma eleição e gerar uma diferença daqueles poucos votos necessários. Tudo é importante num conjunto complexo, e até na vida comum.
Entretanto, não adianta escrever e alertar. É raro alguém ter noções básicas claras, como possuem certos criadores de moda, tais quais Prada, Dior, Armani e poucos outros.
Minha trajetória pessoal, empresarial, política e humana chegou a um ponto de horizonte insignificante. Tenho como dar mais exemplos e indicar experiências bem-sucedidas.
Minha modesta obra é clara e, ultimamente, pela experiência, se tornou mais prolífica, também, em decorrência de uma maior limpeza interior, associada a uma visão mais holística da realidade. Estou naquela situação de serenidade e paz mais frequente do que antes, longe de serem exemplares. Sinto o efeito que se experimenta próximo da “autorrealização”. Terei mais vidas para voltar a aprender, além desta, que marcou uma “abertura” muito maior.
O que virá depois é uma prorrogação, caso seja “determinado”.
Esta palavra, “autorrealização”, é o oposto de “frustração”. Cada ser humano recebe, mas poucos, atordoados, fecham os sentidos à capacidade de escutar o chamado, de entender “a missão”.
Ser feliz é ser rico? Dinheiro não é o fim nem a meta, apenas um meio, um instrumento importante. Mas possuir um bisturi não faz de alguém um cirurgião, é preciso saber usá-lo com perícia e colocá-lo à disposição do universo. Não se faz um bem provocando perdas e sofrimentos, não se deve deixar esqueletos para trás, que voltarão como assombrações para cobrar a conta.
A minha vida foi árdua, parece quase uma “missão impossível” (nisso agradeço a meus Mestres, que permitiram ser estressante, desafiadora, sofrida, em certos momentos, como andar sangrando em cima de cacos de vidro, pois nisso desenvolvi a resiliência e a lucidez).
O que fiz vem do trabalho com responsabilidades, que assumi sem medo. E mais da crença de que tem um “deus” em cada um dos filhos de Deus e que dele posso atingir respostas claras se me mantiver em sintonia com os princípios universais.
Não existe azar na vida, existem áreas de sombras. O mecanismo universal, que chamamos frequentemente de “Deus”, regula o todo.
O calendário de mesa da Caixa é um exemplo de simplicidade, de utilidade, de inteligência, tem tudo o que é imprescindível, de forma real, direta, fácil. Ajuda as pessoas a se programarem, a lembrar, a fixar a melhor data de compromissos, e muito mais.
Insisto nele porque é um exemplo de um projeto bem-sucedido, harmônico, simples de ser entendido. Se transpusermos suas características ao mundo dos negócios, da política e da administração, notaremos que o sucesso das pessoas vem exatamente das virtudes expressas no calendário. Direto, útil, enfim, verdadeiro e honesto.
Notamos que, infelizmente, até por uma aceitação da sociedade, ainda atordoada, se escolhem e se colocam em cargos de suma responsabilidade pessoas que são complicadas como aquelas folhinhas, que, quando se precisa usar, descobre-se que não servem a nada.