NOÉIS

Eles trabalham levando a magia do Natal de porta em porta

Por traz do gorro, todos amam o que fazem; saiba como estes betinenses viraram Bom Velhinhos

Por Kemileyn Freire
Publicado em 20 de dezembro de 2024 | 10:26
 
 
Leia a história de quem tem o dom de ser Noel

Nas histórias de Natal, existe um senhor de barba branca, roupa vermelha e gorro na cabeça que mora no Polo Norte. Simpático e de riso fácil, ele visita as casas na noite de Natal distribuindo presentes para aqueles que, ao longo do ano, se comportaram bem. Aqui em Betim, a realidade não é muito diferente. Há quem se vista de Bom-Velhinho para levar a magia natalina de porta em porta.

Papai-Noel João Neto

Ao fim de cada período natalino, o João Neto de Souza dá início a uma série de cuidados com sua saúde e aparência. Com ele, tudo começou em 2015, quando, ao perceber sua barba e cabelos brancos, topou começar este novo projeto. “Me encantei pelo trabalho e estou até hoje fazendo com gosto e gratidão. As visitas são lindas e muito emocionantes. As crianças ficam encantadas, pois entrego o presente chamando elas pelo nome, fazendo com que se sintam importantes”, contou João Neto.

Papai-Noel Silveira

Morador de Betim há 24 anos, Papai-Noel José Edson da Silveira se dedica ao ofício desde 2018. Ele destaca que começa a preencher a agenda de visitas em fevereiro para que sua presença seja garantida na ceia das famílias. O Bom Velhinho conta que ao longo dos últimos seis anos, já passou por diversas situações, entre elas, duas o marcaram muito: “Em uma das estadias no shopping, quando perguntei a uma criança sobre a cartinha, ela disse que já tinha feito, mas que pensou melhor, e que naquele ano, ela desejava que o presente fosse entregue para as crianças carentes. Foi inevitável a emoção. Em outro momento, uma senhora de 90 anos pediu aos filhos para tirar uma foto com o Papai-Noel. Então, eles me contrataram e a chegada foi um mix de alegria e lágrimas nos olhos”.

Papai-Noel Salvador

Completando 15 anos de Bom Velhinho, Papai-Noel Salvador Neto também não resistiu ao encanto do Natal, somado a sua aparência familiar, e aderiu ao ofício. Certa vez, enquanto andava pela rua, alguém o viu e gritou: “Olha! É o Papai-Noel”. Então, ele aderiu a ideia e entrou nessa aventura: “É muito satisfatório me caracterizar para levar alegria às crianças. Poder conversar e ouvir o que elas têm a dizer, sempre com um sorriso no rosto. As visitas são surpreendentes e cheias de abraços e boas risadas, pois até pedido para viajar ao Polo Norte já ouvi. Então, nesta época do ano, me dedico inteiramente ao Natal, pois ver as pessoas se emocionando com minha chegada é fantástico.”

Assim como todos os corações natalinos, os Noéis também passam o Natal em família, mas em datas diferentes. Neste ano, o Papai-Noel João Neto celebrará durante o réveillon. O Bom Velhinho Silveira, que não abre mão do tradicional amigo secreto entre os familiares, vai comemorar com um almoço no próprio dia 25. Já o gentil Salvador realizará a ceia no dia 26. Todos contentes e aliviados que a missão de Natal será cumprida com sucesso.