LUTO

Morre Nelson Flôres, escritor e símbolo da luta pelos sobreviventes da hanseníase

Autor de "A Rosa e o Machado", ele deixou um legado de resistência e memória

Por Marcio Antunes

Publicado em 19 de dezembro de 2024 | 20:38

 
 
Ele passou mal na quarta-feira (18) e foi internado com derrame pulmonar, falecendo na tarde desta quinta Ele passou mal na quarta-feira (18) e foi internado com derrame pulmonar, falecendo na tarde desta quinta Foto: Arquivo pessoal

O escritor e militante Nelson Flôres faleceu nesta quinta-feira (19), às 17h30, aos 81 anos, deixando uma trajetória marcada pela luta em defesa dos direitos das pessoas atingidas pela hanseníase. Nelson, que dedicou grande parte de sua vida ao Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), foi uma figura emblemática no resgate da memória e na busca por justiça para os sobreviventes.

Nascido em Águas Vermelhas, no Norte de Minas, Nelson foi internado compulsoriamente aos 12 anos, em 1955, na Colônia Santa Isabel. A experiência de isolamento o tornou uma testemunha viva da história da hanseníase no Brasil. Como autor do livro “A Rosa e o Machado”, ele eternizou memórias de resistência e denunciou o impacto da exclusão social vivida por milhares de pessoas no país.

Nelson compartilhou sua história no terceiro episódio do Betim Cast, onde destacou a importância de preservar a memória das colônias e refletiu sobre os desafios enfrentados pelas vítimas da hanseníase. O episódio continua disponível no portal O Tempo Betim e no canal do YouTube do jornal.

O escritor passou mal na quarta-feira (18) e foi internado com um derrame pulmonar, vindo a falecer na tarde de quinta-feira. Sua dedicação ao Morhan e à preservação da memória dos sobreviventes deixa um legado inestimável para Betim e para todos que lutam por uma sociedade mais inclusiva.

A equipe de O Tempo Betim presta suas condolências à família e homenageia a trajetória de Nelson Flôres, um símbolo de resistência e coragem.