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CarnaBetim 2025 se encerra com participação recorde de 35 mil pessoas em dois dias de festa 

Somente neste domingo (23 de fevereiro), quando 12 blocos desfilaram, Rua do Rosário recebeu 20 mil pessoas, segundo a prefeitura  

Por Sara Lira

Publicado em 24 de fevereiro de 2025 | 15:07

 
 
Rua do Rosário foi tomada por cores, alegria e samba no pé ao longo do fim de semana Rua do Rosário foi tomada por cores, alegria e samba no pé ao longo do fim de semana Foto: Edson Dutra/Divulgação

Doze blocos fizeram a alegria dos foliões neste domingo (23), segundo e último dia do CarnaBetim 2025. A estimativa da prefeitura é a de que os grupos tenham arrastado cerca de 20 mil pessoas pela Rua do Rosário. No total, de acordo com o município, 35 mil pessoas prestigiaram a festa nos dois dias, que contou com os desfiles de 21 blocos.  
 
O domingo começou com a presença das crianças, no Bloco MorangoMelo, que, neste ano, trouxe o tema do circo para a Rua do Rosário por meio de atividades lúdicas para os pequenos. "O tema deste ano traz alegria, diversidade, cores e o encanto que as crianças têm no dia a dia", destacou o coordenador do bloco, Thiago Giba. 
   
Estreando no CarnaBetim 2025, o bloco Samba de Roda Entre Amigos, segundo a desfilar neste domingo, transformou a Rua do Rosário em um grande samba de roda. O tema abordado pelo grupo é o estilo musical amado pelos brasileiros. E, ao longo do desfile,  os foliões puderam demonstrar que têm muito samba no pé. "É um estilo que arrasta multidões. Quisemos trazer essa essência para as pessoas, que remete à alegria e à descontração. O samba faz as pessoas levantarem a autoestima", salientou a produtora do bloco, Sheila Regina. 
  
Criado há dez anos, o bloco do Vini também estreou neste ano no CarnaBetim, levando os clássicos do axé para a Rua do Rosário. O grupo, fundado pelo músico Vini Morais, aproveitou o desfile, o terceiro deste domingo, para comemorar a primeira década ao lado de dezenas de foliões. "Preparamos um show com os melhores clássicos do axé para colocar a galera pra sair do chão", comentou Vini. 
  
Quarto a desfgilar, o bloco Pegada da Onça desfila no CarnaBetim pelo terceiro ano consecutivo. Repetindo o sucesso de 2024, que mexeu com a nostalgia de quem viveu os anos 90 e 2.000, com as músicas do grupo É o Tchan, em 2025 o grupo relembrou os principais sucessos do pagode dos anos 1990, muitos deles do grupo Art Popular. E, para cantar todas as músicas que foram chiclete naquela época, como “Pimpolho” e “Fricote”, o cantor Márcio Art, integrante da primeira formação da banda, prestigiou o bloco e tocou para os foliões no camarote do Pegada da Onça. "Todo mundo ama pagode. Então, a gente decidiu trazer esse tema, e o pessoal abraçou a ideia", frisou uma das fundadoras do bloco, Cristiane Oliveira, a Kiki. 
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Quem não curte futebol no Brasil? Pois esse foi o tema que o Bloco dos Cornetas, o quinto a desfilar neste domingo (23), trouxe para o CarnaBetim 2025. Durante o desfile pela avenida, o grupo levou muita animação para o público que acompanhava. Veterano no pré-Carnaval de Betim, o Cornetas foi fundado em 2017 por amigos que gostavam de bater uma bolinha no clube Pingo D'Água. "O que não pode faltar no nosso bloco é amizade, cerveja e, claro, futebol. Planejamos muita emoção na avenida neste ano", afirmou o fundador do bloco, Roberto Oliveira. 
  
O bloco Cueca do Avesso foi o sexto a desfilar na Rua do Rosário neste domingo (23) e entrou com muita diversão na avenida, mas também com o discurso de muita luta. Durante o desfile, o grupo declarou um grito de justiça pelas vidas impactadas pela tragédia da Vale em Brumadinho. A responsável pelo bloco, Luara Luz, lembra que a tragédia também impactou a população da Colônia Santa Isabel, onde o Cueca do Avesso se originou. “Neste ano, levamos o tema ‘Memórias da Lama, Sonho do Rio’. É uma homenagem às 272 vítimas que morreram na tragédia-crime de Brumadinho, e ao nosso Rio Paraopeba, que corta nossa região. É um assunto muito sério, e as mineradoras precisam ser responsabilizadas. Por isso, a gente carrega o Carnaval como um grito de justiça. Dá para ser divertido e alegre, mas também dá para pedir justiça”, afirmou. 
  
  
O axé, estilo musical famoso em Salvador, na Bahia, que tomou conta do Brasil, foi homenageado durante o desfile do bloco Uaixé, no segundo dia do CarnaBetim 2025. O grupo, sétimo a desfilar neste domingo, estreou na festa carnavalesca de Betim neste ano. 
O responsável pelo bloco, Alberto Flávio, o Mumu, explicou o que o público pôde experimentar dessa mistura de Salvador com Betim. "É o nosso primeiro ano desfilando e estamos com algumas novidades percussivas. A galera vai poder escutar sucessos antigos que marcaram época nos Carnavais baianos passados", explicou. 
   
Oitavo a entrar na avenida neste domingo, o bloco Farofeiros também estreou no CarnaBetim 2025  e também trouxe um tema-homenagem, fazendo uma referência ao senhor Zicão, antigo morador de Betim. Ele foi fundador do time betinense Trianon Esporte Clube e ajudou diversas famílias com ações solidárias. Zicão faleceu em 2018. "Queremos mostrar para a população o que o meu avô fez de bom. Ele foi um homem muito bom e todos gostam muito dele. Que venhamos expandir essas boas ações, não somente aqui no Carnaval, mas todos os dias", destacou a responsável pelo bloco e neta de Zicão, Pricila Silva. 
 
A musicalidade brasileira através dos vários ritmos é o principal tema do bloco 10Organizados deste ano, que foi o nono a entrar na Rua do Rosário. Fundado em 2023 e com 277 integrantes, o bloco surgiu numa prosa entre amigos que amam o carnaval.  
“Mais uma vez, acrescentamos à cultura de Betim trazendo alegria e amizade”, disse um dos responsáveis pelo bloco, Warlei de Oliveira.  
  
Outro estreante no CarnaBetim, o Bloco do G10, décimo a passar pelo circuito da Rua do Rosário, levou para os foliões as raízes dos moradores do bairro Jardim Teresópolis com o tema “A Favela Também Pode”. Iago Felipe Teixeira, presidente do Bloco do G10, conta que ele surgiu com o objetivo de promover a inclusão e desmistificar os preconceitos contra a periferia. “Nossa ideia é mostrar que a comunidade cabe em qualquer lugar, seja no Terê, seja no Centro. A favela tem muita gente importante e talentosa”, disse. 
  
Com oito anos de história, o Bloco Óleo de Peroba foi o penúltimo a desfilar neste domingo. O grupo, criado por amigos do bairro Angola debaixo de uma árvore de óleo, é formado por 250 pessoas. “O Óleo de Peroba vai ser um bloco diferenciado e trazer uma energia excelente pra todos nós”, destacou o presidente do Óleo de Peroba, Paulo Henrique Botelho, antes do desfile.  
  
Para finalizar esta edição do CarnaBetim, o Bloco da Diversidade - Bate o Leque encantou o público na Rua do Rosário. Com o tema “Bate o leque, porque bater o leque é um ato de resistência!”, o grupo levou a representatividade para a avenida. “É um prazer muito grande estar no décimo ano marchando. O Bloco da Diversidade é uma versão da Parada do Orgulho Gay. Nós temos diversas alas, alegorias e um portal do arco-íris com um samba enredo tradicional”, disse a presidente do bloco, Leônidas Ferraz.